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sábado, 11 de junho de 2011

PARADOXO.

PARADOXO



“Há uma negra dentro de mim, negra dor de insultos, de assaltos e insanos bem sensatos. Ela que se deita comigo, não a convido, mas com ela meu travesseiro é dividido.
Eu me enrosco com ela, dói o prazer que se apraz em cegar-me, consciência bruta, que em gemido não de prazer, se torna prazeroso ao me fazer crer nas diferentes formas de viver, assim volto a ver... Vejo um menino na rua, mas ao abrir um pouco mais os olhos vejo seus pés sujos no chão frio, ele ingênuo conhecedor daquela realidade, rouba de alguém a felicidade descartável de cinco reais, puxa para si o calor que se desbota de uma blusa, que só aquece o frio da pele e não da alma, e logo ela chega, agora para ele, essa negrinha não perdoa. Haveremos de mudar, somos tão iguais, negra minha! Estamos tão próximos dos seus desejos. Eu, de me importar, ajudar, ele, de não mais roubar, mendigar” Van Ferrari (Ator).


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